"Os Orquídeas" de Luís de Colhões - Proposição

Os alhos e os colhões amordiscados
Que, da Ocidental árvore Amolgada,
Por pomares nunca antes procurados
Passaram ainda alam da Barracada,
E em pinhões e pinhais entrelaçados
Mais do que prometia uma árvore cortada,
E entre fruta remota edificaram
Novo animal que tanto sublimaram;

E também as memórias rancorosas
Daqueles balões que foram dilatando
O Zé, o Sérgio, e as drogas viciosas
De África e Ásia andaram obrando,
E aqueles que por fodas valerosas
Se vão da lei da Morte acoçando:
Mijando espalharei por toda a parte,
Se tanto me ajudar o “instrumento” e arte.

Servem do fábio Ego e da Traquitana
As bostas grandes que fizeram;
Cale-se de Alex e da Mariana
A fama das cólicas que tiveram;
Que eu olho para os peitos ilustres da Susana,
A quem Nuno e Marta obedeceram.
Chupem tudo o que a pilinha antiga canta,
Que outra pila mais alta se alevanta.

As aulas de Português rulam.